O setor supermercadista brasileiro encerrou 2024 com resultados expressivos, consolidando sua importância para a economia nacional. De acordo com os dados do estudo Grandes Números do Varejo Alimentar, divulgado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o consumo anual das famílias no varejo alimentar atingiu a marca de R$ 1,067 trilhão, um crescimento de 6,5% em relação ao ano anterior.
Com mais de 424 mil lojas em operação e 9 milhões de colaboradores, o setor representa 9,12% do PIB brasileiro, mostrando seu peso estratégico na geração de emprego, renda e abastecimento da população.
O estudo da Abras destaca também as redes que mais se expandiram no país no último ano. O Grupo Koch, com sede em Santa Catarina, figura entre as cinco redes com maior crescimento em número de lojas no país. No último ano, o Grupo abriu 16 novas unidades, alcançando 80 lojas pelo país.
Em número de colaboradores, Assaí, Carrefour, Mateus e Grupo Pereira, presente em Santa Catarina, foram os destaques, com crescimentos entre 3 mil e 7 mil novos postos de trabalho em apenas um ano.
Outro destaque do levantamento é a transformação digital no setor, com o uso de tecnologias que facilitam a experiência de compra. A presença de self check-outs cresceu de forma significativa, passando a representar 11,8% dos check-outs em operação no país.
Nos meios de pagamento, o Pix cresceu 192,8% entre 2022 e 2024, ganhando destaque como uma alternativa cada vez mais presente nas escolhas do consumidor. Enquanto isso, o uso de dinheiro caiu 23,6% no mesmo período, comprovando a tendência de digitalização das transações no varejo.
Santa Catarina em destaque
Santa Catarina segue como um dos estados mais relevantes no cenário supermercadista nacional. O desempenho das redes catarinenses no Ranking Abras, somado à resiliência do consumidor da região Sul, que superou a média nacional em volume de vendas, confirma a força do varejo do estado.
Para o Presidente da Associação Catarinense de Supermercados (Acats), Alexandre Simioni, os dados mostram crescimento e a necessidade de adaptação constante. “Os números refletem um varejo que não para de se movimentar. Mais do que acompanhar o ritmo do mercado, é preciso antecipar tendências e entender com profundidade o comportamento do consumidor. Santa Catarina tem mostrado essa capacidade de evoluir com consistência, alinhando estratégia, atendimento e diversidade de formatos”, pontua.
