Supermercados reagem a reajustes desproporcionais de preços

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Os supermercados catarinenses estão mantendo um canal de negociação direta com fornecedores da indústria para renegociar reajustes de preços de produtos considerados desproporcionais para o período de isolamento social no enfrentamento ao coronavírus. A orientação parte da Associação Catarinense de Supermercados (Acats) aos seus filiados. O estopim deste processo foi o preço do leite e derivados.

– Os consumidores são apresentados às variações de preços dos produtos nas gôndolas, sendo que os mesmos não têm qualquer conexão direta com a indústria. Ocorre, na maioria dos casos e de maneira injusta, uma responsabilização dos supermercados quando ocorre um aumento mais forte, caso atual do leite, mas quem forma o preço não é o setor supermercadista, e sim a cadeia anterior. O supermercado é o elo final da cadeia produtiva, é repassador, então nosso papel é este e precisamos preservá-lo, cada um com sua responsabilidade – salienta o presidente da ACATS, Paulo Cesar Lopes.

A ACATS divulgou à imprensa uma nota de posicionamento, onde o presidente destaca esta questão:

– A cadeia de formação de preço de cada produto é complexa e muito influenciada por efeitos externos e sazonalidades. A clássica regra de oferta e procura de produtos se mostra mais uma vez na prática em nossas lojas, carentes de opções de fornecimento de álcool gel por conta do crescimento absurdo da procura pelo item. Isso vai além, também para outros produtos, como leite, feijão, arroz, etc…

– Os supermercados não formam os preços dos produtos, são os repassadores de uma realidade da definição deste custo antes dele ser colocado na gôndola. Numa analogia a um automóvel, os supermercados não são nem o freio e nem o acelerador, e sim, o velocímetro. Por essa razão, a parceria do fornecedor, seja indústria ou distribuidor, é fundamental nesse momento.

Na questão específica do leite, a ACATS está fazendo consultas aos representantes da indústria e também atende demandas originadas de órgãos oficiais como o Procon/SC e o Ministério Público de SC, entidades em busca de informações para firmar um posicionamento. “Estamos promovendo contatos e orientando as empresas associados para equacionar as questões com os fornecedores, lembrando sempre que é preciso pensar sempre no consumidor final”, afirma Lopes.

– Abstraindo todas as dificuldades e desafios já mencionados, o setor supermercadista catarinense ratifica seu compromisso de atendimento à população, com lojas abastecidas e ambientes seguros do ponto de vista de cuidados sanitários preventivos, tanto para clientes como para os colaboradores, atendendo a todas as orientações das autoridades sanitárias. Por fim, reforçamos a orientação aos consumidores que somente uma pessoa por família se dirija aos supermercados para compras, evitando aglomerações e riscos – finalizou o dirigente.

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