Balanço agropecuário de SC destaca o milho

Google+ Pinterest LinkedIn Tumblr +

Os insumos agrícolas e agropecuários têm influência direta na composição dos preços dos alimentos. As sazonalidades costumam ser as mais decisivas, caso da carne bovina, que foi o item que teve mais impacto neste mês de novembro. Confiram os principais insumos:

Milho – O preço do milho catarinense apresentou alta de 7,3% este mês em comparação a outubro, segundo o Boletim Agropecuário de novembro emitido pelo Centro de Sócio-Economia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). De acordo com o documento, os preços devem se manter fortalecidos até o fim do ano devido ao aumento das exportações brasileiras, à redução da atual safra americana e a maior demanda interna pelo grão.

Arroz – O arroz mantém preços estáveis em Santa Catarina. A safra 2019/20 segue plantio em ritmo normal, com expectativa de produtividade acima da observada na safra anterior.

Feijão – O feijão carioca teve a saca de 60 quilos cotada em outubro a R$ 115,87 no Estado, apresentando uma ligeira baixa de 1,67%. O feijão que ainda está disponível para venda é da safra 2018/19; com isso a qualidade do produto já não atende aos padrões de mercados mais exigentes, sobretudo no que diz respeito à cor.

Soja – A soja vem mantendo a tendência de crescimento na área cultivada. A estimativa atual para safra 2019/2020 apresenta um aumento da área em 2,6% em relação à safra 2018/19, e poderá alcançar 688.294 contra 670.330 hectares da safra 2018/19.

Trigo – O trigo apresentou recuo nos preços no mês de outubro. Os produtores catarinenses que receberam em média R$ 43,41 pela saca de 60 kg em setembro passaram a receber R$ 42,31, o que representa uma baixa de 2,53%. Em Santa Catarina a colheita segue em ritmo acelerado: já foram colhidos cerca de 41% da área plantada em todo o Estado.

Alho – A safra catarinense de alho se desenvolve em condições consideradas fitossanitárias muito boas. O Estado deverá ter uma das melhores safras em termos de qualidade comercial dos bulbos.

Cebola – Com relação à cebola, as expectativas se voltam ao mercado nacional para os próximos meses. As variedades precoces já estão sendo colhidas nas regiões do Alto Vale do Itajaí, Tabuleiro e Tijucas. As lavouras se desenvolvem em condições bastante favoráveis, o que deve garantir uma safra da alta qualidade dos bulbos e produtividade elevada acima de 30 t/ha.

Frango – Santa Catarina exportou 80,09 mil toneladas de carne de frango, o que representa uma queda de 5,42% nas exportações em relação ao mês anterior e de 38,99% na comparação com outubro de 2018.

Carne bovina – O boi gordo apresentou altas significativas nos preços nas primeiras semanas de novembro, com variações próximas de 7% em alguns Estados, na comparação com a média de outubro. Em Santa Catarina a alta registrada no período foi de apenas 1,72%, fazendo com que os valores pagos fossem ultrapassados na maioria dos principais Estados produtores.

Segundo a Epagri/Cepa, essas altas acentuadas observadas em alguns nos dois últimos meses devem-se principalmente ao bom desempenho das exportações, o que mantém aquecida a demanda por animais para abate e pressiona os preços para cima.

Carne suína – Santa Catarina exportou 31,45 mil toneladas de carne suína em outubro, o que representa uma queda de 4,74% em relação ao mês anterior e de 15,84% na comparação com outubro de 2018. O faturamento foi de US$ 67,64 milhões, o que representa queda de 6,50% em relação a setembro, mas alta de 8,65% na comparação com outubro de 2018. Assim como no caso da carne de frango, essa queda nas exportações de carne suína no mês passado está relacionada principalmente a problemas nos trâmites burocráticos que retardaram o embarque dos produtos.

Leite – No mês de novembro, o IBGE divulgou dados preliminares da sua Pesquisa Trimestral do Leite relativos aos meses do terceiro trimestre de 2019. No acumulado de janeiro a setembro de 2019, a quantidade de leite adquirida pelas indústrias inspecionadas cresceu 0,8% em relação à quantidade adquirida de janeiro a setembro de 2014. Esse discreto desempenho da produção leiteira brasileira e o decréscimo nas importações mostram que os baixos preços atuais decorrem da fraca demanda e não do excesso de oferta.

Compartilhar.